A insuficiência vertebrobasilar é redução do fluxo sanguíneo no território irrigado por esse sistema. Várias causas podem diminuir o fluxo sanguíneo nessa circulação; a causa principal é sem dúvida a aterosclerose.
Outras considerações:
1) o sistema vertebrobasilar é desprovido de um sensor de pressão, como é o seio carotídeo, portanto, a queda do fluxo não é compensada.
2) De Kley em 1927 mostrou que a rotação da cabeça para um lado diminui o fluxo na vertebral oposta pelo estiramento que a artéria sofre ao contornar o atlas, no entanto, se tivermos placas de ateroma a redução é significante como afirmaram Tatlow e Bammer (1976). Sorensen, em 1978 descreveu a síndrome de Bow’s Hunter, que ficou sendo a expressão maior de I.V.B. Stiko em 86, Strupp 2000 demonstraram a vulnerabilidade do labirinto à isquemias. Brandt, Choi e Baloh, em 2005, afirmaram que as vertigens, os nistagmos e os zumbidos são causados por perturbações isquêmicas no labirinto. Outras causas como os aneurismas e as anomalias congênitas alteram essa circulação; um polígono de Willis perfeito existe em 20% dos indivíduos. Outra consideração importante é sob o ponto de vista hemodinâmico.
Segundo a lei de Poiseille-Hagen o fluxo é reduzido à quarta potência do raio da secção transversal do vaso e é inversamente proporcional a viscosidade. Portanto, a placa de ateroma não precisa ser grande para provocar uma importante redução na vazão. Em 2017, Lima apresentou tese de doutorado mostrando a redução do índice de pulsatibilidade em pacientes suspeitos de I.V.B. A importância desse teste é que podemos fazer diagnóstico de I.V.B, independentemente da arteriografia, que é um exame invasivo. Um ponto importante que chamamos atenção é que existem vários quadros clínicos de I.V.B provocados por aterosclerose. As características clínicas vão depender do tamanho da placa do ateroma, da duração e do local obstruído. Para realçarmos esse aspecto temos duas situações que exemplificam: o primeiro discreto, sútil que é a VPPB causada por uma isquemia da mácula do utrículo e na outra extremidade a síndrome de Wallemberg que é grave e muitas vezes fatal.
Ambas são I.V.B. Apesar dessas considerações existe um quadro clínico típico característico de I.V.B descrito por Deny-Brown (1953); a estenose das artérias vertebrais e basilar causam diminuição do fluxo. Ocorre em pacientes com mais de 50 anos que apresentam tonturas que vão desde desequilíbrios leves a quedas bruscas. Ao rodarem a cabeça, caem sobre os joelhos sem perder os sentidos que é o Drop-Altack e são acompanhados de alterações visuais que vão de diplopias a perdas transitórias da visão. Quando o comprometimento é maior o paciente pode apresentar disartria. Tonturas ou desequilíbrios acompanhados de alterações visuais são evocadores de I.V.B.
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